A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

segunda-feira, 28 de março de 2011

SOMOS REALMENTE UM PAÍS LAICO?


 
Reza a Constituição Federal ser o Brasil um País laico, onde todos podem expressar livremente a sua religiosidade, respeitando o seu próximo.
Hoje, em pleno século XXI, diante da campanha orientada por segmentos religiosos, com o apoio de setores do PSDB/DEM, contando com a coordenação do candidato a vice e pela esposa do candidato a presidente, jamais se assistiu, tanta mentira e falsidade, além de um sórdido ataque a um candidato em campanha eleitoral, como no atual pleito eleitoral.
Diante do que está sendo veiculado por parte da imprensa e na internet por alguns segmentos religiosos, fico a me perguntar se assim agiu Jesus quando esteve entre nós, ou seja, para alcançar os seus objetivos, difundiu a intriga, a mentira, o ódio? Como será que os responsáveis por tanta calunia tem dormido? Será que está a espera do perdão para recomeçar tudo de novo?
Entre as baixarias da campanha da direita, estão tentando imputar a candidata do PT todo tipo de temas e crimes, desde o aborto, passando pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo e terminando com o extermínio das criancinhas. Lembram-se das campanhas contra os comunistas? Comunistas comia crianças.
Portanto estão sordidamente e mentirosamente explorando temas, colocando a pecha em Dilma Roussef, identificada com as lutas feministas, blindando os seu difusores o candidato Serra, esquecendo estes mesmos caluniadores que foi Serra quem regulamentou o aborto pelo Sistema SUS.
Com esta blindagem, este acabou se beneficiando da polêmica travada.
Interessante é que estes segmentos contrários ao aborto e que justificam a sua defesa em razão do crime perpetrado contra quem não pode se defender, são os mesmos que endeusam a sociedade americana, porém, esquecem eles de se pronunciarem quando pessoas são enviadas às câmaras de gas, condenadas a morte. E aí, também não é crime? São os mesmos segmentos que criticam a segurança em nosso País, e esquecem de dizer que nos EUA, maior país evangelico, são onde ocorrem os crimes mais hediondos e assassinatos em série. E que lá também é o maior consumidor de drogas do mundo. Logo se vê que não é unicamente pelos caminhos e fundamentalismos religiosos que teremos os melhores dos mundos.
O jogo está tão sujo e pesado, que estes segmentos tem se utilizado de entidade sérias, para em seu nome difundir as mentiras que a toda hora são vinculadas a ponto de pela internet, um culto da Igreja Batista de Curitiba, mostrar cenas fortes de fetos mortos e despedaçados, e o pastor pedindo que não se vote na petista, que “defende o aborto e o casamento gay”.
E esta onda de mentiras difundidas, apesar de todo estrago causado na campanha de Dilma, devem todos reconhecer que foi uma das mais perversas campanhas jamais ocorrida em nosso País, com inverdades sobre o que pensa a candidata.
O que se esperava nesta campanha é que temas nacionais fossem discutidos, mas o que se viu foram coisas menores, como a questão do aborto ser utilizada para fins eleitorais.
Muitas coisas, mais importantes fugiram dos debates. Como o porto seguro que se transformou a candidatura do PSDB/DEM para os setores mais reacionários da nossa sociedade, como a TFP, composta de líderes religiosos obtusos e direitistas, que a toda hora enaltecem a ditadura militar, alem, de elitistas e diseminadores de preconceitos contra a população pobre, e de difundir o racismo e o machismo entre os seus membros.
Aliado ao que há de pior em nossa sociedade, está também a candidatura do PSDB/DEM ancorada nos segmentos empresariais que defendem a privatização a todo custo, com a doação do patrimonio nacional às multinacionais de quem são seus representantes. De assessores importantes que já defendem a privatização do Pré – Sal, da extinção do bolsa família, entre tantos outros programas sociais, que tem alcançado significativo resultados, principalmente para a população pobre.
Não asistimos discutir o Brasil que se quer e sim promessas faraônicas, que todos sabemos jamais serão cumpridas, principalmente pela candidato do PSDB, o qual não é muito afeito a cumprir promessas de campanha.
Infelizmente, o que estamos assistindo é a utilização da fé, julgando-se os seus caluniadores no direito de condenar todos aqueles que ousar discordar de suas opções políticas.
E aí é que vem a dúvida: estamos realmente em um país laico?
Esta dúvida tem sentido quando vemos pseudos líderes religiosos, se utilizar dos meios de comunicação para querer impor as suas crenças e seus dogmas. Quando assistimos “lideres religiosos aculturados” transvestidos de pastores para difundir a mentira, a calúnia e a infâmia contra o seu próximo, e depois subir ao púpito e ir pregar a palavra de Cristo. Estes mesmos “líderes” que se acham o todo poderosos e inatingível. Estes mesmos segmentos religiosos que criticam o candomblé, mas em suas igrejas utilizam dos seus ritos para venderem o ceu as suas ovelhas. Que criticam o espiritismos, mas que nos seus cultos dão passes magnéticos para afastar os males das pessoas. Enfim, são segmentos religiosos fanáticos que se utilizam dos rituais daqueles que criticam em benefícios próprio, ou seja, para o enriquecimento ilícito.
E o pior é que as suas mentiras, falsidades e calúnias ainda encontram eco em nossa sociedade e contam com o apoio de pessoas para difundir.
Aí é onde mora o medo. Pois não é este o Brasil que queremos. Queremos sim, um Brasil para todos e não apenas para as elites. Um Brasil que todos possamos sonhar por um dia melhor. Um Brasil que sinalize para sua juventude um futuro alvissareiro, não aquele Brasil do passado recente, onde sucatearam com a educação pública, extinguiram com as escolas técnicas e sucatearam as universidades, de cujo grupo e equipe de trabalho o candidato Serra faz parte e foi um dos mentores.
Está na hora de se dar um basta na mentira e no ódio difundido por uma minoria encastelada na direita, que infelizmente ainda existe e resiste em nosas terra. Não queremos e nem devemos voltar ao passado.

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