A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

segunda-feira, 28 de março de 2011

Teoria da inexistência de deus

Deus um conceito imaginário e simbólico. Uso o termo simbólico para conceituar o termo deus baseado no texto Sobre o imaginário que expõe a definição de Lacan em que o simbólico seria coletivo e cultural, e o imaginário seria individual e ilusório. Temos assim a hipótese do conceito de deus como um ser imaginário e simbólico em oposição ao conceito de deus como um ser real.

O ateísmo científico é embasado nas ciencias naturais principalmente na astronomia que não encontrou evidência alguma da existência de uma divindade. O conceito de deus como um ser real tem como principal caracteristíca a criação do universo, com base na lógica de que tudo tem que ser criado, mas deus não, e se deus não faz parte do tudo, logo não existe. A partir dessa variação ocorre os diversos argumentos a favor da existência de deus que falham por partir da premissa da existência e a tomam como conclusão.

O embasamento antropológico que complementa essa hipótese é o método genético-crítico de Feuerbach: A diferença fundamental entre o homem e o animal consiste no fato de que o animal está regulado instintivamente, enquanto o homem tem consciência e pode assim refletir sobre si próprio. Mas a consciência ultrapassa as fronteiras do eu e tende também a compreender o mundo, dirigindo-se assim para o infinito. Aqui se funda a religião, contudo, o problema consiste no fato do homem separar o infinito de si próprio. Visto assim, a religião nasce num processo de projeção. Uma experiência humana é considerada como existindo fora do homem. Ao contrário da criação bíblica, é o homem que cria Deus a partir da sua própria imagem: “Homo homini Deus est”. Acrescenta ainda que entre o humano e o divino não há uma oposição de fato, real, mas sim ilusória. A contradição fundamental está no homem, porque não há uma essência religiosa. A religião é uma abstração das limitações da vida humana, corporal. Não há qualidades em si na vida divina.

O critério de demarcação da ciência proposto por Popper é a testabilidade, refutabilidade ou falsificabilidade para as teorias científicas. “Um enunciado ou teoria é falsificável, segundo o meu critério, se e só se existir, pelo menos um falsificador potencial”, ou seja, se existir pelo menos um enunciado que descreva um fato logicamente possível que entre em conflito com a teoria. E o enunciado que potencialmente falsifica a hipótese de deus como um conceito imaginário e simbólico é a hipótese de deus como um ser real.

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