A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

domingo, 13 de novembro de 2011

A maior invenção da indústria da fé


Quando confrontados com um defensor do cristianismo, imediatamente aponte que a existência de Jesus não foi provada. Quando os defensores cristãos argumentam, usualmente apelam mais para as emoções do que para a razão, e tentarão te deixar embaraçado ao negar a historicidade de Jesus. A resposta habitual é qualquer coisa do gênero de “Negar a existência de Jesus não é tão tolo como negar a existência de Júlio César ou da Rainha Isabel?”. Uma variação popular desta resposta, usada especialmente contra os Judeus é “Negar a existência de Jesus não é como negar o Holocausto?”. Então aponte que há amplas fontes históricas que confirmam a existência de Júlio César, da Rainha Isabel ou de qualquer outro que for nomeado, enquanto que não existe evidência correspondente para Jesus.
Para se ser perfeitamente direto, arranje um tempo para fazer alguma investigação sobre as personagens históricas mencionadas pelos defensores do cristianismo e apresente fortes evidências da sua existência. Ao mesmo tempo desafie os defensores cristãos a mostrar evidência similar da existência de Jesus. Aponte que embora a existência de Júlio César ou da Rainha Isabel, etc. seja universalmente aceita, o mesmo já não acontece com Jesus.
No Extremo Oriente, onde as maiores religiões são o Budismo, o Xintoísmo, o Taoísmo e o Confucionismo, Jesus é considerado como mais uma personagem da mitologia religiosa ocidental, a par com Thor, Zeus e Osíris. A maioria dos Hindus não acredita em Jesus, mas os que acreditam consideram que ele é uma das muitas encarnações do deus hindu Vishnu. Os muçulmanos certamente acreditam em Jesus, mas rejeitam a história do Novo Testamento e consideram que ele foi um profeta que anunciou a vinda de Maomé. Eles negam explicitamente que ele tenha sido crucificado.
Em resumo, não há uma história de Jesus que seja uniformemente aceite pelo mundo inteiro. É este fato que põe Jesus num nível diferente para personalidades históricas estabelecidas. Se os defensores do cristianismo usarem o “argumento do Holocausto”, aponte que o Holocausto está bem documentado e que existem numerosos relatos de testemunhas oculares. Aponte que a maior parte das pessoas que negam o Holocausto eram semeadores de ódio anti-semítico com credênciais fraudulentas.
Por outro lado, milhões de pessoas honestas na Ásia, que fazem a maioria da população mundial, não conseguiram ser convencidos pela história cristã de Jesus na medida que não há nenhuma evidência constrangedora da sua autenticidade. Os defensores do cristianismo insistirão que a história de Jesus é um fato bem estabelecido e irão argumentar que existe “muitas evidências que comprovam isso”. Insista em ver essas evidências e se recuse a ouvir enquanto eles não apresentarem.
Se Jesus não foi uma personagem histórica, de onde veio toda a história do Novo Testamento em primeiro lugar? O nome Hebreu para os Cristãos sempre foi Notzrim. Este nome é derivado da palavra hebraica neitzer, que significa broto ou rebento – um claro símbolo Messiânico. Já havia pessoas chamadas Notzrim no tempo do Rabbi Yehoshua ben Perachyah (100 A.E.C.).
Apesar de os modernos Cristãos afirmarem que o Cristianismo só começou no primeiro século depois de Cristo, é claro que os Cristãos do primeiro século em Israel se consideravam como sendo a continuação do movimento Notzri, que existia à cerca de 150 anos. Um dos mais notáveis Notzrim foi Yeishu ben Pandeira, também conhecido como Yeishu ha-Notzri. Os estudiosos do Talmude sempre mantiveram que a história de Jesus começou com Yeishu. O nome Hebreu para Jesus sempre foi Yeishu, e o Hebreu para “Jesus de Nazaré” sempre foi “Yeishu ha-Notzri” (o nome Yeishu é um diminutivo do nome Yeishua, e não de Yehoshua.) É importante notar que Yeishu ha-Notzri não é um Jesus histórico, uma vez que o Cristianismo moderno nega alguma conexão entre Jesus e Yeishu e, além do mais, partes do mito de Jesus são baseadas em outras personagens históricas além de Yeishu.
Sabemos pouco sobre Yeishu ha-Notzri. Todos os trabalhos modernos que o mencionam são baseados em informação retirada do Tosefta e do Baraitas – escritos feitos ao mesmo tempo do Mishna mas não contidos neste. Porque a informação histórica respeitante a Yeishu é tão danosa para o Cristianismo, muitos autores Cristãos (e também muitos Judeus) tentaram desacreditar esta informação e inventaram muitos argumentos engenhosos para a explicarem. Muitos dos seus argumentos são baseados em mal entendidos e citações erróneas do Baraitas, e para se ter uma imagem exata de Yeishu devem-se ignorar os autores cristãos e examinar o Baraitas diretamente.
A insuficiente informação contida no Baraitas é a seguinte: o Rabi Yehoshua ben Perachyah, num dado momento, repeliu Yeishu. As pessoas pensavam que Yeishu era um feiticeiro, considerando que ele tinha levado os Judeus a desencaminharem-se. Como resultado de acusações feitas contra ele (os detalhes das quais não são conhecidos, mas provavelmente envolveriam alta traição), Yeishu foi apedrejado e o seu corpo foi pendurado na véspera da Passagem. Antes disto, ele foi exibido durante 40 dias com um arauto que ia à sua frente anunciando que ele iria ser apedrejado e chamando por gente para avançar e o defenderem. Todavia, nada foi trazido em seu favor. Yeishu tinha cinco discípulos: Mattai, Naqai, Neitzer, Buni e Todah.
No Tosefta e no Baraitas, o nome do pai de Yeishu é Pandeira ou Panteiri. Estes são formas Hebreu-Aramaicas de um nome Grego. Em Hebreu, a terceira consoante do nome é escrito com um dalet ou com um tet. Comparando com outras palavras Gregas transliteradas para Hebreu mostra que o original Grego devia ter tido um delta como sua terceira consoante, e assim a única possibilidade para o nome Grego do pai é Panderos. Como os nomes Gregos eram comuns entre os Judeus durante a época dos Macabeus, não é necessário assumir que ele era Grego, como alguns autores fizeram.

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