A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

domingo, 27 de março de 2011

Gênero Homo

  Australopithecus afarensis, ancestral humano que desenvolveu o bipedalismo, mas que não tinha o grande cérebro do homem moderno.
 
Na taxonomia moderna, o Homo sapiens é a única espécie existente desse gênero, Homo. Do mesmo modo, o estudo recente das origens do Homo sapiens geralmente demonstra que existiram outras espécies de Homo, todas as quais estão agora extintas. Enquanto algumas dessas outras espécies poderiam ter sido ancestrais do H. sapiens, muitas foram provavelmente nossos "primos", tendo especificado a partir de nossa linhagem ancestral.
Ainda não há nenhum consenso a respeito de quais desses grupos deveriam ser considerados como espécies em separado e sobre quais deveriam ser subespécies de outras espécies. Em alguns casos, isso é devido à escassez de fósseis, em outros, devido a diferenças mínimas usadas para distinguir espécies no gênero Homo.
A palavra homo vem do Latim e significa "pessoa", escolhido originalmente por Carolus Linnaeus em seu sistema de classificação. É geralmente traduzido como "homem", apesar disso causar confusão, dado que a palavra "homem" pode ser genérica como homo, mas pode também referir-se especificamente aos indivíduos do sexo masculino.

H. habilis

Viveu entre cerca de 2,4 a 1,8 milhões de anos atrás (MAA). H. habilis, a primeira espécie do gênero Homo, evoluiu no sul e no leste da África no final do Plioceno ou início do Pleistoceno, 2,5–2 MAA, quando divergiu do Australopithecines. H. habilis tinha molares menores e cérebro maior que os Australopithecines, e faziam ferramentas de pedra e talvez de ossos de animais. H. erectus
Viveu entre cerca de 1,8 (incluindo o ergaster) ou de 1,25 (excluindo o ergaster) a 0,70 MAA. No Pleistoceno Inferior, 1,5–1 MAA, na África, Ásia, e Europa, provavelmente Homo habilis possuía um cérebro maior e fabricou ferramentas de pedra mais elaboradas; essas e outras diferenças são suficientes para que os antropólogos possam classificá-los como uma nova espécie, H. erectus. Um exemplo famoso de Homo erectus é o Homem de Pequim; outros foram encontrados na Ásia (notadamente na Indonésia), África, e Europa. Muitos paleoantropólogos estão atualmente utilizando o termo Homo ergaster para as formas não asiáticas desse grupo, e reservando a denominação H. erectus apenas para os fósseis encontrados na região da Ásia e que possuam certas exigências esqueléticas e dentárias que diferem levemente das do ergaster.

H.ergaster

Viveu entre cerca de 1,8 a 1,25 Milhões de anos. Também conhecido como Homo erectus ergaster.

H. heidelbergensis

O Homem de Heidelberg viveu entre cerca de 800 a 300 mil anos atrás. Também conhecido como Homo sapiens heidelbergensis e Homo sapiens paleohungaricus.

H. floresiensis

Viveu há cerca de 12 mil anos (anunciado em 28 de Outubro de 2004 no periódico científico Nature). Apelidado de hobbit por causa de seu pequeno tamanho.

H. neanderthalensis

Viveu entre 250 e 30 mil anos atrás. Também conhecido como Homo sapiens neanderthalensis. Há um debate recente sobre se o "Homem de Neanderthal" foi uma espécie separada, Homo neanderthalensis, ou uma subespécie de H. sapiens. Enquanto o debate continua, a maioria das evidências, adquiridas através da análise do DNA mitocondrial e do Y-cromosomal DNA, atualmente indica que não houve nenhum fluxo genético entre o H. neanderthalensis e o H. sapiens, e, consequentemente, eram duas espécies diferentes. Em 1997 o Dr. Mark Stoneking, então um professor associado de antropologia da Universidade de Penn State, disse: "Esses resultados [baseados no DNA mitocondrial extraído dos ossos do Neanderthal] indicam que os Neanderthais não contribuíram com o DNA mitocondrial com os humanos modernos … os Neanderthais não são nossos ancestrais." Investigações subsequentes de uma segunda fonte de DNA de Neanderthal confirmaram esses achados.
Estudos pareciam indicar que pouco (ou nada) do património genético dos neandertais subsistira no DNA do homem atual. Mas, em 7 de Maio de 2010 um estudo do Projecto do Genoma do Neandertal oi publicado na revista Science. Tal estudo afirma que realmente ocorrera cruzamento entre as duas espécies.

H. sapiens

Surgiu há cerca de 200 mil anos. No período interglacial do Pleistoceno Médio entre a Glaciação Riss e a Glaciação Wisconsin, há cerca de 250 mil anos, a tendência de expansão craniana e a tecnologia na elaboração de ferramentas de pedra desenvolveu-se, fornecendo evidências da transição do H. erectus ao H. sapiens. As evidências sugerem que houve uma migração do H. erectus para fora da África, então uma subseqüente especiação para o H. sapiens na África. (Há poucas evidências de que essa especiação ocorreu em algum lugar). Então, uma subseqüente migração dentro e fora da África eventualmente substituiu o anteriormente disperso H. erectus. Entretanto, a evidência atual não impossibilita a especiação multiregional. Essa é uma área calorosamente debatida da paleoantropologia.
Um estudo genético de um grande número de populações humanas atuais, feito desde 2003 por Sarah A. Tishkoff da Universidade da Pensilvânia sugere que o "berço da humanidade" ficaria na região dos Khoisan (antes chamados de Hotentotes), mais exatamente na área do Kalahari mais próxima do litoral da Fronteira Angola-Namíbia. Aí foi encontrada a maior diversidade genética, baseada num gene traçador que, comparado com a de outras populações, indica a possível migração das populações ancestrais para o norte e para fora da África, há cerca de 250 gerações.

Referências

  1. Heng HH (May 2009). "The genome-centric concept: resynthesis of evolutionary theory". Bioessays 31 (5): 512–25. DOI:10.1002/bies.200800182. PMID 19334004.
  2. Stringer, C.B.. The Cambridge Encyclopedia of Human Evolution. Cambridge: Cambridge University Press, 1994. Also ISBN-0-521-46786-1 (paperback)
  3. McHenry, H.M. Evolution: The First Four Billion Years. Cambridge, Massachusetts: The Belknap Press of Harvard University Press, 2009.
  4. http://www.sciencemag.org/cgi/content/summary/sci;308/5724/921g
  5. http://www.nature.com/nature/journal/v423/n6941/full/423692a.html
  6. http://www.actionbioscience.org/evolution/johanson.html
  7. http://www.asa3.org/ASA/education/origins/migration.htm
  8. DNA Shows Neandertals were not our Ancestors
  9. Ovchinnikov, et al. "Molecular analysis of Neanderthal DNA from the Northern Caucasus." Nature 404, 490 (2000).
  10. The Neandertal Genome Project. (6 de Agosto de 2010).
  11. Sciencemag - A Draft Sequence of the Neandertal Genome (6 de Agosto de 2010).
  12. Sapo - Genoma de neandertal mostra cruzamento com Homo sapiens (6 de Agosto de 2010).
  13. Título ainda não informado (favor adicionar).
  14. Título ainda não informado (favor adicionar).
  15. The Oldest Homo Sapiens: - URL retrieved May 15, 2009.
  16. Alemseged, Z., Coppens, Y., Geraads, D. (2002). "Hominid cranium from Homo: Description and taxonomy of Homo-323-1976-896". Am J Phys Anthropol 117 (2): 103–12. DOI:10.1002/ajpa.10032. PMID 11815945.
  17. Stoneking, Mark; Soodyall, Himla (1996). "Human evolution and the mitochondrial genome". Current Opinion in Genetics & Development 6 (6): 731–6. DOI:10.1016/S0959-437X(96)80028-1.
  18.  
  • Wolfgang Enard et al. "Molecular evolution of FOXP2, a gene involved in speech and language." Nature, Vol 418 (22 de Agosto de 2002) p. 870.

Ver também



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