domingo, 27 de março de 2011
Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora
Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que se acreditava previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado na revista "Nature Geoscience".
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.
O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.
"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.
Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."
Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.
Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.
A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.
Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.
Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."
Fonte: Folha
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.
O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.
"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.
Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."
Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.
Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.
A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.
Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.
Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."
Fonte: Folha
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