Que me perdoem os boiolinhas fãs de Crepúsculo por desapontá-los. O ser imortal descoberto por cientistas não é um vampiro. É uma água-viva de nome Turritopsis Nutricula. Como todas as águas vivas, o Turritopsis Nutricula tem dois estágios em seu ciclo de vida. O estágio polipóide e o estágio medusa, onde já é adulto.
Tipicamente uma medusa adulta produz larvas que crescem e se transformam em polípulos. Esses polípulos então se transformam em novas águas vivas que se tornam adultas e o ciclo começa de novo. Mas o Turritopsis também é capaz de passar do estágio de medusa para o estágio de polípulo, ou seja, voltar do estágio maduro para o estágio jovem.
Esse processo celular é chamado de transdiferenciação, que é quando as células se transformam em um tipo diferente de célula ou quando um tipo específico de célula ou células-tronco especializadas criam células diferentes dos tipos que costumam criar.
Essa água-viva precisa de simultanemente de tecidos de sua superfície e de seu canal circulatório para fazer a transdiferenciação. Essa mudança de papéis nas células não é incomum e pode ser visto em animais e humanos, mas geralmente apenas quando partes de um órgão são regenerados.
É bem provável que essa espécie se originou no Caribe, mas hoje pode ser encontrada nos mares de todo o mundo, se espalhando cada vez mais através das águas descarregadas dos lastros dos navios. De acordo com a Dra. Maria Pia Miglietta do Smithsonian Tropical Marine Institute, é possível que esteja havendo uma invasão silenciosa.
Apesar da imortalidade do Turritopsis Nutriculae, eles não são invencíveis, especialmente em seu estágio imaturo, estando suscetíveis à predadores e doenças. Muitos morrem antes mesmo de atingir o estágio adulto.
Por enquanto essa água-viva é o único animal conhecido capaz de “reverter a idade”, o que significa que é o único ser imortal.
