O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento.
terça-feira, 31 de maio de 2011
O que é o Humanismo que surgiu no Renascimento
O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento.
Com a idéia renascentista de “dignidade do homem”, isto é, o homem está acima da Natureza, o Humanismo coloca o homem no centro do universo e seu estudo merece algumas considerações particulares.
Chegando ao século XVIII, na Filosofia Moderna, o homem é
concebido como um ser ativo que domina a Natureza e com isso a
sociedade. Embora não haja separação entre Natureza e homem dentro do
movimento humanista, o homem é diferenciado dos demais manifestando suas
diferenças na racionalidade, na moralidade, na ética, na técnica, nas artes, etc.
No Humanismo o homem, como ser dominante, está em sempre se
aperfeiçoando através do desenvolvimento proporcionado pela sua
racionalidade.
Mesmo datado de longa data, o Humanismo tem influência em
várias áreas das ciências humanas. Sua importância reside na fundamental
ruptura entre Igreja e Ciência, carregando consigo uma visão
diferenciada do homem em relação aos demais elementos naturais.
Crítica:
É difícil conceber Humanismo devido às várias formas em que ele foi
tomado pelas ciências humanas e pelas religiões, vindo a ser
“humanismos” com características diferentes. Podemos falar de humanismo
religioso, humanismo marxista, humanismo existencialista, etc. No senso
comum o termo “humanista” freqüentemente é usado para caracterizar as
pessoas que se preocupam com as causas sociais e com a caridade.
Sem dúvidas que o Humanismo foi um dos principais movimentos
filosóficos que mudaram os rumos do conhecimento. Mas sua idéia
principal e original foi pretenciosa demais.
A idéia de colocar o homem acima de todas as coisas e acreditar que
ele é capaz progredir cada vez mais na temporalidade, soa um tanto
quanto otimista demais. Daí decorre as dissidências do Humanismo
original entre as ciências humanas.
Sartre, filósofo
existencialista francês, em sua obra “Existencialismo é um Humanismo”,
ironizando o fato do homem atribuir um valor de superioridade a si
mesmo, questiona o Humanismo clássico: “Tal humanismo é um absurdo, pois só o cachorro ou o cavalo poderiam emitir um juízo de conjunto sobre o homem e declarar que o homem é admirável.”
Nesse sentido, tomar os pressupostos do Humanismo enquanto verdade
seria como dar uma definição a nós mesmos da forma como queremos. A
história tem mostrado que nem sempre progredimos; que a razão nem sempre
está com a “razão”; e que racionalidade não significa a nossa salvação.
Obs.: o humanismo existencialista se distanciava
do humanismo clássico na medida em que o homem não supera sua existência
e sua condição se voltar apenas para si mesmo (o centro de todas as
coisas), mas sim, procurando o devir sempre no fora de si. E é humanismo
porque coloca que o homem é o único responsável de si.
* O homem de Vitrúvio – Leonardo da Vinci (1485-1490)
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