Francois Marie Arouet (Voltaire) (1694-1778) A mais influente
figura do Iluminismo, foi educado num colégio jesuíta e ainda assim
concluiu “O cristianismo é a religião mais ridícula, absurda e sangrenta
que jamais infectou o mundo… O verdadeiro Deus não pode ter sido dado à
luz por uma garota, nem sido morto num cadafalso e nem ser comido numa
porção de hóstia.” Preso, exilado, seus livros banidos e queimados, a
grande popularidade de Voltaire na França assegurou-lhe um descanso
final no Panteão, em Paris. Extremistas religiosos roubaram seus restos
mortais e os atiraram numa pilha de lixo.
Count Constantine Volney, 1787, As Ruínas; ou, Meditação sobre as
revoluções dos impérios (Ruína dos Impérios). Pesquisador napoleônico,
viu com seus próprios olhos evidências de precursores egípcios do
cristianismo.
Edward Evanson, 1792, A Dissonância dos Quatro Evangelistas
Geralmente Recebidos e a Evidência de suas Respectivas Autenticidades.
Racionalista inglês que contestou a autoria apostólica do Quarto
Evangelho e denunciou como espúrias várias epístolas Paulinas.
Charles François Dupuis, 1794, Origem de todos os Cultos ou a
Religião Universal. Interpretação astrológico-mítica do Cristianismo (e
de toda religião). “Um grande erro é mais facilmente propagado que uma
grande verdade, porque é mais fácil crer que raciocinar e porque as
pessoas preferem o maravilhoso do romance à simplicidade da História.”
Dupuis destruiu a maior parte de seu próprio trabalho por causa das
violentas reações que causou.
Thomas Paine, 1795, A Idade da Razão. Panfleteiro que fez o
primeiro apelo à independência dos Estados Unidos (Bom Senso, 1776;
Direitos do Homem,1791) Paine derramou sátiras virulentas nas
contradições e atrocidades da Bíblia. Como muitos revolucionários
americanos, Paine era deísta:
"Eu não creio na fé professada pela igreja judaica, pela igreja romana,
pela igreja grega, pela igreja turca, pela igreja protestante ou por
qualquer outra de que tenha notícia… Cada uma destas igrejas acusa a
outra de descrença; e de minha parte eu descreio de todas.” – A Idade da
Razão
Robert Taylor, 1828, Sintagma de Provas da Religião Cristã; 1829,
Diegesis. Taylor foi aprisionado por afirmar as origens míticas do
cristianismo. “Os primeiros cristãos entendiam as palavras como nada
mais que a personificação do princípio da razão, da bondade, ou daquele
princípio, seja qual for, que pode ser mais benéfico à humanidade
durante o curso de uma vida.”
Godfrey Higgins (1771-1834). 1836, Anacalipse – Uma Tentativa de
Remover o Véu da Ísis Saíta ou um Inquérito da Origem das Línguas,
Nações e Religiões. Pioneiro inglês da arqueologia e maçom.
Bruno Bauer, 1841, Crítica da História Evangélica dos Sinóticos.
1877, Cristo e os Césares. A Formação da Cristandade entre os Romanos
Helenizados. O iconoclasta original. Bauer contestou a autenticidade de
todas epístolas paulinas (nas quais viu a influência de pensadores
estóicos, como Sêneca) e identificou o papel de Fílon no cristianismo
emergente. Bauer rejeitou a historicidade do próprio Jesus. "Tudo que se
sabe sobre Jesus pertence ao reino da fábula.” Como resultado, em 1842,
Bauer foi ridicularizado e removido de sua cátedra de Novo Testamento
em Tübingen.
Ralph Waldo Emerson, 1841, Ensaios. Inicialmente cristão
trinitário e posteriormente ministro unitário, defendeu que Jesus era um
“verdadeiro profeta”, mas que o cristianismo institucionalizado era um
“despotismo oriental”: “Nossas escolas dominicais, igrejas e ordens
monásticas são jugos sobre nossos pescoços."
Mitchell Logan, 1842, A Mitologia Cristã Revelada. “A opinião predominante, embora infundada e absurda, é sempre a rainha das nações.”
Ferdinand Christian Baur, 1845, Paulo, o Apóstolo de Jesus
Cristo. Estudioso alemão que identificou como “inautênticas” não apenas
as epístolas pastorais, mas também Colossenses, Efésios, Filêmon e
Filipenses (deixando apenas as quatro principais epístolas paulinas
consideradas genuínas). Baur foi o fundador da assim chamada “Escola de
Tübingen”.
David Friedrich Strauss, 1860, A Vida de Jesus Examinada
Criticamente. Vigário luterano que se tornou estudioso, expôs
magistralmente os milagres evangélicos como mito e, no processo, reduziu
Jesus a um homem comum, o que lhe custou sua carreira.
Ernest Renan, 1863, Vida de Jesus. Educado como padre católico,
escreveu uma biografia romanceada do homem-deus, sob a influência dos
críticos alemães. Custou-lhe seu emprego.
Robert Ingersoll, 1872, Os Deuses. Extraordinário orador de
Illinois, seus discursos atacavam a religião cristã. “Sempre me pareceu
que um ser vindo de outro mundo, com uma mensagem de infinita
importância para a humanidade, deveria pelo menos ter escrito tal
mensagem de seu próprio punho. Não é admirável que nenhuma palavra foi
jamais escrita por Cristo?”
Kersey Graves, 1875, Os Dezesseis Salvadores Crucificados da
Humanidade. Quacre da Pensilvânia que viu um fundo pagão através das
invenções cristãs, embora raramente citasse fontes para suas conclusões
avançadas.
Allard Pierson, 1879, O Sermão da Montanha e outros Fragmentos
Sinóticos. Historiador de arte, literatura e teologia que identificou o
Sermão da Montanha como uma coleção de aforismos da literatura sapiençal
judaica. Esta publicação foi o começo da Crítica Radical Holandesa. Não
apenas a autenticidade das epístolas paulinas, mas a própria existência
histórica de Jesus foi trazida à baila.
Bronson C. Keeler, 1881, Pequena História da Bíblia. Uma exposição clássica das fraudes cristãs.
Abraham Dirk Loman, 1882, "Quaestiones Paulinae," in Theologisch
Tijdschrift. Professor de teologia em Amsterdã que declarou que todas as
epístolas paulinas datam do segundo século. Loman explicou que o
cristianismo era a fusão do pensamento judaico ao helenístico-romano. Ao
perder a visão, Loman acabou enxergando através das trevas da história
da igreja.
Thomas William Doane, 1882, Os Mitos Bíblicos e seus Paralelos em
Outras Religiões. Desatualizado, mas uma revelação clássica dos
antecessores pagãos dos mitos e milagres bíblicos.
Samuel Adrianus Naber, 1886, Verisimilia. Laceram conditionem
Novi Testamenti exemplis illustrarunt et ab origine repetierunt.
Classicista que viu mitos gregos escondidos dentro das escrituras
cristãs.
Gerald Massey, 1886, O Jesus Histórico e o Cristo Mítico. 1907,
Antigo Egito-A Luz do Mundo. Outro clássico da pena de um inimigo
precoce do clero. Esse egiptologista britânico escreveu seis volumes
sobre a religião do antigo Egito.
Edwin Johnson, 1887, Antiqua mater. Um Estudo das Origens
Cristãs. Teólogo radical inglês, identificou os primeiros cristãos como
os primeiros cristãos como os “crestianos”, seguidores de um bom
(Chrestos, em grego) Deus que havia se apossado do mito de Dionísio
Eleutério (“Dionísio, o Libertador”) para produzir um homem-deus
altruísta que se sacrificou. Denunciou que os doze apóstolos eram uma
completa invenção.
Rudolf Steck, 1888, A Epístola aos Gálatas investigada quanto à
sua pureza e uma Observação Crítica das Principais Epístolas Paulinas.
Estudioso radical suíço que classificou todas as epístolas paulinas como
falsas.
Franz Hartman, 1889, A Vida de Johoshua: Profeta de Nazaré.
Willem Christiaan van Manen, 1896, Paulus. Professor em Leiden e
mais famoso dos Radicais Holandeses, um clérigo que não acreditava na
ressurreição física de Jesus Cristo. Depois de resistir à conclusão por
vários anos, van Manen admitiu que nenhuma das epístolas paulinas era
genuína e que os Atos dos Apóstolos se baseiam nas obras de Josefo.
Joseph McCabe, 1897, Porque Deixei a Igreja. 1907, A Bíblia na
Europa: Investigação da Contribuição da Religião Cristã à Civilização.
1914, As Origens da Moral Evangélica. Monge franciscano que se tornou
evangélico e depois ateu. McCabe, prolífico autor, destroçou muitas
partes da lenda cristã – "Não há uma "figura de Jesus" nos Evangelhos.
Há uma dúzia de figuras" – mas continuou a admitir a plausibilidade de
um fundador histórico, apesar disso.
Albert Schweitzer, 1901, O Mistério do Reino de Deus. 1906, A
Busca pelo Jesus Histórico. O famoso teólogo e missionário alemão (35
Anos nos Camarões) ridicularizou o Jesus humanitário dos liberais e
teve, ao mesmo tempo, coragem para reconhecer o trabalho dos Radicais
Holandeses. Sua conclusão pessimista foi a de que o super-herói foi um
fanático apocalíptico que morreu desapontado. Autor da célebre frase:
"aqueles que buscam um Jesus histórico apenas encontram um reflexo de si
mesmos."
Wilhelm Wrede, 1901, O Segredo Messiânico. Demonstrou como, no
evangelho de Marcos, uma falsa história foi criada pelas crenças dos
primeiros cristãos.
George Robert Stowe Mead, 1903, Jesus Viveu em 100 a.C.? Uma discussão das histórias judaicas sobre Yeshu que leva Jesus para uma época mais antiga.
Thomas Whittaker, 1904, Origens da Cristandade. Declarou que Jesus era um mito.
William Benjamin Smith, 1906, O Jesus Pré-Cristão. 1911, Os
Ensinamentos Pré-Cristãos do Jesus Pagão. Defende a existência de um
culto a um Jesus pré-cristão na ilha de Chipre.
Albert Kalthoff, 1907, Ascensão do Cristianismo. Outro radical
alemão que identificou o Cristianismo como uma psicose de massas. Cristo
era essencialmente o princípio transcedental da comunidade cristã que
buscava uma reforma social apocalíptica.
Gerardus Bolland, 1907, O Josué Evangélico. Filósofo em Leiden,
identificou a origem do cristianismo no antigo gnosticismo judaico. O
super-astro do Novo Testamento é o “filho de Num” do Velho Testamento, o
homem a quem Moisés renomeou como Josué. A virgem nada mais é que um
símbolo do povo de Israel. De Alexandria, os "Netzerim" levaram seu
evangelho até a Palestina.
Em 1907, o Papa Pio X condenou os Modernistas que estavam
“atuando dentro dos limites da Igreja”. Um juramento anti-Modernista foi
introduzido em 1910.
Prosper Alfaric (1886-1955) Professor francês de teologia,
abalado pela posição de Pio X, renunciou à sua fé e deixou a Igreja em
1909 para trabalhar em prol do racionalismo.
Mangasar Magurditch Mangasarian, 1909, A Verdade Sobre Jesus? Ele É um Mito? Perspicaz ministro presbiteriano que enxergou o mito por trás da farsa.
Karl Kautsky, 1909, As Fundações do Cristianismo. Teórico
socialista que interpretou o cristianismo como uma manifestação da luta
de classes.
John E. Remsburg, 1909, O Cristo: Uma revisão crítica e análise
de Sua existência. Afirmou que os evangelhos estavam cheios de
contradições, duvidou que Jesus tenha existido e afirmou que o Cristo
sobrenatural é apenas certamente um dogma cristão.
Arthur Drews, 1910, Die Christusmythe (O Mito de Cristo). 1910,
Die Petruslegende (A Lenda de Pedro). 1924, Die Entstehung des
Christentums aus dem Gnostizismus (A Emergência do Cristianismo a partir
do Gnosticismo). Eminente filósofo que foi o maior expoente da Alemanha
na argumentação em favor do caráter mitológico de Cristo. Segundo
Drews, os evangelhos historicizaram um Jesus mítico pré-existente cujo
caráter foi derivado dos profetas e da literatura sapiençal judaica. A
Paixão foi baseada em especulações de Platão.
John Robertson, 1910, Christianismo e Mitologia. 1911, Cristos
Pagãos. Estudos em Hagiografia Comparativa. 1917, O Problema de Jesus.
Robertson chamou atenção para a universalidade de muitos dos elemtnos da
biografia de Jesus e para a existência de rituais de crucifixão no
mundo antigo. Identificou Jesus/Josué com um antigo deus efraimita em
forma de cordeiro.
Gustaaf Adolf van den Bergh van Eysinga, 1912, Visões Radicais
sobre o Novo Testamento. 1918, Cristandade Pré-Cristã. O surgimento do
Evangelho no mundo helenístico. Teólogo e último dos “radicais
holandeses” a ter uma cátedra universitária.
Alexander Hislop, 1916, As Duas Babilônias. Exaustiva exposição dos rituais e parafernálias pagãs do Catolicismo Romano.
Edward Carpenter, 1920, Credos Pagãos e Cristãos. Elaborou uma descrição das origens pagãs do Cristianismo.
Rudolf Bultmann, 1921, A História da Tradição Sinótica. 1941,
Novo Testamento e Mitologia. Teólogo luteraon e professor da
Universidade de Marburgo, Bultmann foi o expoente da “crítica formal” e
fez muito para desmistificar os evangelhos. Identificou as narrativas
sobre Jesus como teologia expressa em linguagem mítica. Observou também
que o Novo Testamento não é a história de Jesus, mas o registro da
crença dos primeiros cristãos. Argumentou que a busca por um Jesus
histórico era infrutífera: “Nós não podemos saber praticamente nada a
respeito da vida ou da personalidade de Jesus.” (Jesus e a Palavra,
James Frazer, 1922, O Ramo Dourado. Interpretação antropológica
do progresso do homem a partir da magia, através da religião, até a
ciência. O Cristianismo é um fenômeno cultural.
P. L. Couchoud, 1924, O Mistério de Jesus.1939, A Criação de
Cristo. Couchoud era adepto da historicidade de Pedro, mas não de Jesus,
e defendeu que a Paixão foi modelada a partir da morte de Estêvão.
Georg Brandes, 1926, Jesus – Um Mito. Identificou o Apocalipse como a parte mais antiga do Novo Testamento.
Joseph Wheless, 1926, Palavra de Deus? Uma Exposição das Fábulas e
Mitologia da Bíblia e das Falácias da Teologia. 1930, Falsificações no
Cristianismo. Advogado americano, criado no “Cinturão da Bíblia”,
destroçou as fantasias bíblicas.
Henri Delafosse, 1927, As Cartas de Inácio de Antióquia. 1928,
"Os Escritos de São Paulo" em Cristianismo. Epístolas de Inácio são
denunciadas como falsificações tardias.
L. Gordon Rylands, 1927, A Evolução do Cristianismo. 1935, Jesus Viveu?
Edouard Dujardin, 1938, Antiga História do Deus Jesus.
John J. Jackson, 1938, Cristianismo Antes de Cristo, Chamou atenção para precedentes egípcios das crenças cristãs.
Alvin Boyd Kuhn, 1944, Quem É o Rei da Glória? 1970, Renascimento
para o Cristianismo. Jesus não foi uma pessoa, mas um símbolo da alma
humana que existe em cada ser humano.
Herbert Cutner, 1950, Jesus: Deus, Homem ou Mito? Natureza mítica
de Jesus e o sumário do contínuo debate entre os mitologistas e os
historicizantes. A hipótese mítica é uma tradição contínua, não nova.
Cristo teve origens pagãs.
Georges Las Vergnas, 1956, Porque Deixei a Igreja Romana.
Georges Ory, 1961, Uma Análise das Origens de Cristo.
Guy Fau, 1967, A Fábula de Jesus Cristo.
John Allegro, 1970, O Cogumelo Sagrado e a Cruz. 1979, Os
Manuscritos do Mar Morto e o Mito de Cristo. Jesus não foi mais que um
cogumelo mágico e a sua vida, a interpretação alegórica de um estado
alterado de consciência. Não foi preso, mas sofreu descrédito e teve sua
carreira arruinada.
George Albert Wells, 1975, Jesus Existiu? 1988, A Evidência
Histórica de Jesus. 1996, A Lenda de Jesus. 1998, Jesus Mito. 2004,
Podemos Confiar no Novo Testamento? Considerações sobre a Confiabilidade
dos Mais Antigos Testemunhos Cristãos. O Cristianismo surgiu da
literatura sapiençal judaica. Em seus livros mais tardios, admite a
possibilidade de influência de um pregador real.
Max Rieser, 1979, O Verdadeiro Fundador do Cristianismo e a
Filosofia Helenística. O Cristianismo começou com os judeus da Diáspora e
depois, retroativamente, ambientado na Palestina de antes de 70. O
Cristianismo chegou por último à Palestina, e não primeiro – eis porque
achados arqueológicos cristãos aparecem em Roma, mas não na Judéia, até o
século IV.
Abelard Reuchlin, 1979, A Verdadeira Autoria do Novo Testamento.
Teoria de Conspiração do melhor tipo: o aristocrata romano Arius
Calpurnius Pisus (alias, “Flavius Josephus”) conspirou para ganhar o
controle de todo o Império Romano através da invenção de uma religião
inteiramente nova.
Hermann Detering, 1992, Cartas de Paulo sem Paulo?: As cartas de
Paulo segundo os críticos radicais holandeses. Ministro religioso
holandês adepto da antiga tradição dos radicais. Nem Jesus nem Paulo
existiram.
Gary Courtney, 1992, 2004 Et tu, Judas? Então Caiu Jesus! A
Paixão de Cristo é essencialmente a história de César sob um disfarce
judaico, mesclada ao culto da morte/ressurreição de Átis. Fãs judaicos
de César assimilaram o “salvador da humanidade” ao “servo sofredor” de
Isaías.
Michael Kalopoulos, 1995, A Grande Mentira. Historiador grego que
descobriu paralelos notavelmente semelhantes entre os textos bíblicos e
a mitologia grega. Denunciou a natureza astuta, mentirosa e autoritária
da religião.
Gerd Lüdemann, 1998, A Grande Ilusão: E o que Jesus Realmente
Disse e Fez. 2002, Paulo: O Fundador do Cristianismo. 2004, A
Resurreição de Cristo: Uma Investigação Histórica. Depois de 25 anos de
estudo, o professor alemão concluiu que Paulo, não Jesus, iniciou o
Cristianismo. Lüdemann foi expulso da faculdade de teologia da
Universidade de Göttingen pour ousar dizer que a Ressurreição foi um
“pio auto-engano”. Demais para a liberdade acadêmica.
Alvar Ellegard, 1999, Jesus, Cem Anos Antes de Cristo. O
Cristianismo visto como originário da Igreja Essênia de Deus, com Jesus
sendo um protótipo do Mestre da Virtude.
D. Murdock (“Acharya S”) 1999, A Conspiração Cristã: A Maior
Mentira Que Já Foi Vendida. 2004, Sóis de Deus: Krishna, Buda e Cristo
Revelados. Adiciona uma dimensão astro-teológica à demolição do mito
cristão. Murdds a astro-theological dimension to christ-myth demolition.
Murdock identifica Jesus Cristo como uma divindade composta usada para
unificar o Império Romano.
Earl Doherty, 1999, O Enigma de Jesus. O Cristianismo Primitivo
Começou com um Cristo Mítico? Poderosa afirmação de como o Cristianismo
começou como uma seita mística judaica, sem necessidade de Jesus!
Timothy Freke, Peter Gandy, 1999, Os Mistérios de Jesus. 2001,
Jesus e a Deusa Perdida: Os Ensinamentos Secretos dos Cristãos
Originais. Examina a relação próxima entre a história de Jesus e a de
Osíris/Dionísio. Jesus e Maria Madalena são figuras míticas baseadas na
dualidade Deus/Deusa do paganismo.
Harold Liedner, 2000, A Criação do Mito Cristão. Anacronismos e
erros geográficos dos evangelhos denunciados. O Cristianismo é uma das
fraudes mais bem-sucedidas da História.
Robert Price, 2000, Deconstruindo Jesus. 2003 O Incrível
Encolhimento do Filho do Homem: Quão Confiável é a Tradição Evangélica?
Ex-ministro e estudioso reputado, mostra como Jesus é o amálgama de
diversos profetas do primeiro século, redentores de cultos de mistério e
“aions” gnósticos.
Hal Childs, 2000, O Mito do Jesus Histórico e a Evolução da Consciência. O ataque de um psicoterapeuta ao deus-homem.
Michael Hoffman, 2000, Filósofo e teórico da “morte do ego” que descartou a existência de um Jesus histórico.
Burton Mack, 2001, O Mito Cristão: Origens, Lógica e Legado. Formação social da criação do mito.
Luigi Cascioli, 2001, A Fábula de Cristo. Indicia o Papado por lucrar com uma fraude!
Frank R. Zindler, 2003, O Jesus que os Judeus Nunca Conheceram:
Sepher Toldoth Yeshu e a Busca por um Jesus Histórico em Fontes
Judaicas. Sem evidências em fontes Judaicas que corroborem o Messias
espectral.
Daniel Unterbrink, 2004, Judas, o Galileu. Carne e Sangue de
Jesus. Paralelos entre o líder da revolta fiscal de 6 AD e o fantasma
dos Evangelhos explorados em detalhe. “Judas é Jesus”. Bem, pelo menos
em parte, sem dúvida.
Tom Harpur, 2005, O Cristo Pagão: Recuperando a Luz Perdida.
Estudioso canadense do Novo Testamento e ex-padre anglicano que reafirma
as idéias de Kuhn, Higgins e Massey. Jesus é um mito e as idéias
originais do Cristianismo se originaram no Egito.
Francesco Carotta, 2005, Jesus Era César: Sobre a Origem Juliana
do Cristianismo. Exaustiva lista de paralelos. Estranhamento afirma que
César era Jesus.
Joseph Atwill, 2005, O Messias de César: A Conspiração Romana
para Inventar Jesus. Outra análise das similaridades entre Josefo e os
Evangelhos. Atwil argumenta que os conquistadores da Judéia, Vespasiano,
Tito e Domiciano, usaram judeus helenizados para manufaturar os textos
“Cristãos” para estabelecer uma alternativa pacífica ao judaísmo
militante. Jesus foi Tito? Não creio.
Michel Onfray, 2005, Tratado de Ateologia Filósofo francês que
defende o ateísmo positivo, desmistifica a existência histórica de
Jesus, entre outras coisas.
Kenneth Humphreys, 2005, Jesus Não Existiu. O livro deste
site. Reúne as mais convincentes exposições sobre o suposto super-herói
messiânico; O autor ambienta sua exegese dentro do contexto
sócio-histórico de uma religião maligna em evolução.
Jay Raskin, 2006, A Evolução de Cristo e dos Cristianismos.
Acadêmico e ativo cineasta, Raskin olha além da cortina de fumaça
oficial de Eusébio e encontra um Cristianismo fragmentário e um Cristo
composto a partir de vários personagens históricos e literários.
Especula que a camada mais antiga da criação do mito foi uma peça
escrita por uma mulher chamada Maria. Talvez.
Thomas L. Thompson, 2006, O Mito do Messias. Teólogo, deão e
historiador da Escola de Compenhague que concluiu que tanto Jesus como
Davi são amálgamas de temas mitológicos do Oriente Médio originados na
Idade do Bronze.
O texto abaixo deixa claro que Einstein, tal como ensina a doutrina espírita, não via Deus como um ser antropomórfico, com sentimentos e emoções humanas, isto é, orgullhoso, vingativo, irascível, preconceituoso, sectarista, injusto, etc.
ResponderExcluir"Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.
Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.
Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais lie fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”
ALBERT EINSTEIN (1879-1955)