Uma historinha
Tem um Carinha que mora lá no Polo Norte
Ele mora com a patroa dele e um monte de anões.
Quando eles não têm nada pra fazer eles fazem brinquedos.
Então um dia antes do Natal ele enche um saco com todos os brinquedos que eles fizeram e coloca num trenózinho
Este trenó é levado por renas voadoras sendo que uma delas tem um nariz que serve de farol.
Então ele voa de casa em casa, pousando nos telhados de cada uma e desce junto com seu saco pela chaminé.
Ele deixa brinquedos para as crianças que moram nessas casas.
Ele sobe de volta pela chaminé, volta para seu trenó e voa para a próxima casa.
Ele faz isso no mundo todo numa noite só.
Então ele volta pro cafofo dele no Pólo Norte e faz tudo de novo no próximo ano sem receber nada por isso
É CLARO QUE ESSA É A ESTÓRIA DO PAPAI NOEL, mas vamos supor que eu tenha uns 40 anos e seja seu amigo, eu falo pra você que eu acredito nesta estória do fundo da alma e eu tento convencê-lo a acreditar nessa estória assim como eu. Você vai achar
que eu sou doido? Com certeza e com razão.
Mas porque você acharia isso? Porque você sabe que O PAPAI NOEL NÃO EXISTE, NÃO É? Essa estória é só um conto da carochinha. Não interessa o quanto eu fale sobre o Noel, você não vai acreditar que ele existe. Como renas iriam voar? Se você for ao Aurélio você verá que engano significa: “Falsa crença ou ilusão, apesar de evidências em contrário”. Não se encaixa certinho?
Um outro dia, esse anjo levou esse Cara até essas placas e deixou ele levar-las pra casa. O anjo o ajudou a traduzir todas elas. Depois disso essas placas fora levadas para o céu e nunca mais foram vistas.
E AGORA, O QUE VOCÊ ACHOU DESSA ESTÓRIA? Mesmo que ele tenha o livro, em português, contando a estória dessa civilização judaica perdida, mesmo que tenha atestados assinados por testemunhas, o que você achou? Esta estória parece maluca também, não é?
Você poderia perguntar algumas perguntas óbvias. Como por exemplo, você poderia perguntar “Onde diabos ficam as ruínas e os artefatos desse povo judeu na América?” O livro das placas fala sobre milhões de judeus fazendo todo o tipo de coisas na América. Eles tinham cavalos, gados, carruagens, armaduras e grandes cidades. O que aconteceu com tudo isso? Ele simplesmente poderia responder que tá tudo lá, mas ainda não encontramos nada. “Nem mesmo uma cidade? Ou uma roda de carruagem? Nem um elmo?” você pergunta. Não, não encontramos nenhum sinal de evidência, mas está tudo em algum lugar. Você faz dúzias de perguntas como estas e ele vai responder a todas elas.
As pessoas (pelo menos a maioria delas) achariam que ele é louco de pedra se contasse esta estória. Eles pensariam que não tem porcaria de placa nenhuma, nem anjo, e que ele é quem teria escrito o livro. As pessoas iriam ignorar as assinaturas — já que simples assinaturas não provam nada. Ele poderia ter inventado as assinaturas tb. A maioria das pessoas ignorariam essa estória com certeza.
O que é mais interessante é que há milhões de pessoas que acreditam nesta estória de um anjo, das placas e da civilização judaica vivendo na América do Norte há 2.000 anos atrás. Esses milhões de pessoas são membros da Igreja Mórmon (parece nome de personagem de Senhor dos Anéis), cuja matriz fica em Utah (EUA). A pessoa que contou esta incrível estória se chama JOSEPH (KLIMBER XD) SMITH e viveu na América no começo do século XIX (19 pros leigos).
Se você encontrar um mórmon e perguntar sobre esta estória, ele vai te prender por horas te contando sobre ela. Eles podem responder cada uma das questões que você tiver. Ainda assim, 5,99 bilhões de pessoas que não são mórmons podem ver com total clareza que esta estória é uma ilusão. Simples assim. Você e eu sabemos com 100% de certeza que a estória dos mórmons não é nada diferente da estória do Papai Noel. E estamos certos em nossa posição, já que as evidências em contrário são volumosas.
UMA Outra historinha:
Um homem tava sentado em uma caverna sem encher ninguém.
Uma luz (sempre ela, já reparou?) intensa surge.
Uma voz diz: “Leia!” O homem sente como se estivesse morrendo de tanto medo. Então o homem (se borrando de medo) pergunta, “O que devo ler?” A voz dizia “Leia, em nome do Senhor
que criou os humanos de um coágulo. Leia que seu Senhor é o Mais Generoso. Ensinou ao homem o que este não sabia.
O homem correu para casa, para junto de sua esposa.
Enquanto corria para casa (ou fugia xD), ele viu uma face céu. Era um anjo e esse disse que era um mensageiro de Deus. O anjo também se identificou como sendo Gabriel.
Então, depois de 11 anos do primeiro encontro, Gabriel apareceu para o homem com um cavalo mágico (me dê sua força pegasus! xD). O homem subiu no cavalo, e o cavalo o levou para Jerusalém. Então o cavalo alado levou o homem às sete camadas do paraíso. O homem foi capaz de ver o paraíso e falar com pessoas nele. Então o anjo Gabriel o trouxe de volta pra Terra. O homem (Maomé) provou que esteve mesmo em Jerusalém pelo cavalo alado respondendo corretamente perguntas sobre os prédios e pontos geográficos do local.
O homem continuou recebendo revelações de Gabriel por 23 anos, e então elas pararam. Todas as revelações foram gravadas pelos escribas em um livro que existe até hoje: O CORÃO, livro sagrado dos dos mulçumanos..
O que achou desta estória? Se nunca a ouviu antes? Então você deve achar que não faz sentido, da mesma maneira que sentiu sobre as estórias dos mormons e do Papai Noel. Você se sentiria da mesma maneira quando lesse o livro que foi supostamente transcrito por Gabriel, porque grande parte dele é obscuro. Os sonhos, o cavalo, o anjo, a ascensão, e as aparições de um anjo em carne e osso — VOCÊ IGNORARIA ISSO TUDO PORQUE É TUDO ILUSÃO.
Mas fique numa boa, porque essa estória é a base da religião muçulmana, praticada por mais de um bilhão de pessoas no mundo todo. O homem é Maomé, e o livro é o Corão (ou Alcorão, tanto faz). Esta é a estória sagrada da criação do Corão e a revelação de Alá para a humanidade.
Tirando o fato de que um bilhão de muçulmanos professam algum nível de crença nesta estória, pessoas fora da fé muçulmana consideram-na uma ilusão. Ninguém acredita nesta estória porque ela é um conto de fadas. Eles consideram o Corão um livro escrito por um homem e nada mais. UM CAVALO ALADO QUE VOA PARA O PARAÍSO? Isso não existe — existe tanto quanto renas voadoras do papai Noel..
SE VOCÊ É CRISTÃO, por favor pare um momento agora e olhe novamente as estórias dos muçulmanos e dos mórmons. Por que é tão fácil ver essas estórias e perceber que são contos de fadas?
Um observador imparcial pode ver como são impossíveis essas estórias. Da mesma maneira, muçulmanos podem ver que os mórmons estão enganados, mórmons podem ver que os muçulmanos estão enganados, e cristãos podem ver que ambos estão enganados.
Agora deixe-me contar uma última estória:
Deus inseminou uma virgem chamada Maria, para poder encarnar seu filho no nosso mundo Maria e seu marido, José, tiveram que viajar para Belém para se cadastrarem para o censo. Lá, Maria deu à luz o filho de Deus. Deus pôs uma estrela no céu para guiar pessoas até o bebê.
Durante um sonho, Deus diz a José para pegar sua família e ir para o Egito. Então Deus parou e assistiu enquanto Herodes matava milhares e milhares de bebês em Israel na tentativa de matar Jesus.
Como um homem, o filho de Deus alegou ser o próprio Deus encarnado. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”, ele disse.
Este homem fez muitos milagres. Ele curou um monte de pessoas doentes. Ele transformou água em vinho. Esses milagres provam que ele é Deus.
Mas um dia ele é sentenciado à morte e morto em uma crucificação. Seu corpo foi colocado em uma tumba.
Mas três dias depois, sua tumba estava vazia.
E então o homem, vivo mais uma vez, mas ainda com seus ferimentos (para que quem duvidasse pudesse vê-los e tocá-los), apareceu para muitas pessoas em muitos lugares.
Então ele ascendeu ao paraíso e agora senta à direita de Deus, seu pai todo-poderoso, para nunca mais ser visto.
Hoje você pode ter um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus. Você pode rezar para este homem e ele irá atender suas preces. Ele irá curar doenças, resgatar de emergências, ajudar a fazer negócios e decisões familiares importantes, confortá-lo em épocas de sofrimento e preocupação, etc. Este homem também lhe dará
a vida eterna, e se você for bom, ele tem um lugar reservado no paraíso para depois que você morrer.
Esta, claro, é a estória de Jesus. Você acredita nesta estória? Se você é um cristão, você provavelmente acredita. Eu poderia lhe fazer perguntas por horas e você iria me responder a cada uma delas, da mesma maneira que eu respondi todas as do Papai Noel que meu amigo perguntou na primeira estória. Você não consegue entender como alguém pode questioná-la, porque é óbvio demais para você.
Aqui está algo que eu gostaria que você que tá lendo entendesse: as quatro bilhões de pessoas que não são cristãs olham para esta estória cristã da maneira exata que você olhou para a estória do Papai Noel, dos mórmons e dos muçulmanos.
Como que quatro bilhões de não-cristãos sabem, com certeza absoluta, que a estória cristã é uma ilusão? Porque a estória cristã é igual às outras estórias anteriores. Não há inseminação mágica, estrela mágica, sonhos mágicos, milagres mágicos, ressurreição mágica, ascensão mágica, e assim por diante? Pessoas fora da fé cristã olham para esta estória e percebem os seguintes fatos:
Os milagres supostamente “provam” que Jesus era Deus, mas, previsivelmente, esses milagres não deixaram nenhuma evidência tangível para examinarmos e verificarmos cientificamente hoje. Eles todos envolvem curas milagrosas e truques mágicos.
Jesus ressuscitou mas, previsivelmente, ele não aparece para ninguém hoje em dia, incrível né?.
Jesus ascendeu ao paraíso e responde às nossas preces, mas, previsivelmente, quando rezamos para ele nada acontece. Podemos analisar estatisticamente e perceber que orações nunca são atendidas, nunca mesmo. Os livros onde Mateus, Marcos, Lucas e João
dão seus testemunhos existem (e de acordo com estudiosos, inclusive teólogos, não foram escritos por eles) mas, previsivelmente, estão repletos de problemas e contradições, aliás é só ler que você vê isso.
Agora, olhe o que está acontecendo dentro da sua cabeça bem agora. Eu estou usando evidências verificáveis e sólidas para lhe mostrar que a estória cristã é falsa. Entretanto, se você é um cristão praticante, você pode provavelmente sentir a sua “mente religiosa” se sobrepondo à sua mente racional e seu bom senso. Por quê? Por que você é capaz de usar seu bom senso para rejeitar as estórias do Papai Noel, dos mórmons e dos muçulmanos, mas não a estória cristã, que é igualmente absurda?
Tente, só por um momento, olhar para o cristianismo com o mesmo nível de ceticismo que você usou nas três estórias acima. Use seu bom senso para perguntar algumas questões simples para sí mesmo:
“Há alguma evidência física de que Jesus existiu?” Não. Ele se foi sem deixar nenhum traço. Seu corpo “ascendeu ao paraíso”. Ele não escreveu nada. Nenhum de seus milagres deixaram qualquer evidência permanente. Não há literalmente nada.
Ninguém, além de crianças pequenas, acredita em Papai Noel. Ninguém, além dos mórmons, acredita em Joseph Smith. Ninguém, além dos muçulmanos acredita em Maomé e Gabriel. Ninguém, além dos cristãos, acredita em Jesus e sua divindade.
Portanto, a questão que eu deixo aqui para você é muito simples: Por que humanos podem detectar contos de fadas com completa certeza quando elas vêm de outras fés, mas não podem detectá-los quando vêm da própria fé? Por que eles acreditam que seus próprios contos de fadas estão certos enquanto tratam os outros como absurdos? Por exemplo:
Cristãos sabem que quando os egípcios construíram pirâmides gigantes e mumificaram os corpos dos faraós, que aquilo foi uma completa perda de tempo — senão cristãos construiriam pirâmides.
Cristãos sabem que quando os astecas arrancavam fora o coração de uma virgem e comiam-no, não acontecia nada — senão cristãos matariam virgens.
Cristãos sabem que quando os muçulmanos se viram para Meca para rezar, que aquilo não faz sentido — senão cristãos se virariam para Meca quando rezassem.
Cristãos sabem que quando os judeus evitam misturar carne com leite e derivados, eles estão perdendo seu tempo — senão o X-Burger não seria uma obsessão americana.
Ainda assim, quando cristãos olham para sua própria religião, eles estão, por algum motivo, cegos ou malucos.
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