A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

quarta-feira, 30 de março de 2011

OS DOIS LADOS - OS MORTOS ESTÃO VIVOS?


Há cristãos e cristãos. Cristãos dizem que Cristo disse, e cristãos dizem que Cristo não disse.  Cristãos creem que os mortos estão inertes e inconscientes, e cristãos afirmam que os mortos estão vivos e no céu ou no inferno. 
CRISTÃOS MORTALISTAS
Questões Bíblicas para análise:
1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor. 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista?
2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).
3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida... (Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).
4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos.
5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).
6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.
7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.
(http://www.jesusvoltara.com.br/atuais/alma_espirito.htm)
Isso parece muito claro.
Mas vejamos também a clareza do lado imortalista.

CRISTÃOS IMORTALISTAS
"Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água, 21 que também agora, por uma verdadeira figura-o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo" (I Pedro, 3: 18-21).  "Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito." (I Pedro, 4: 3).    Se os mortos estão inconscientes, por que o  evangelho foi pregado aos mortos? 
 
"Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente.  Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras;  o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras.   Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.  No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.  E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.  E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós." (Lucas, 16: 19-26).
Aí também está bem claro, Lázaro morreu e foi para o céu; o rico morreu e foi para aquele lugar de eterno tormento.   Diz os outros cristãos que isso é apenas uma parábola.  Mas uma parábola é uma figura que se deve basear em realidade.   Se a predileção pelos pobres, ou a situação dos judeus e dos gentios, como querem os cristãos, se poderia ilustrar pelo pós morte de um rico e um mendigo, o autor da parábola estava de acordo que após a morte o homem segue para o céu ou para o inferno.

Quem está com razão? Não é a chamada palavra de Deus que diz claramente uma coisa e outra? Afinal, os mortos estão inconscientes, dormindo no pó da terra, ou estão conscientes e podem ouvir o evangelho e se salvar?   Mas outra contradição se encontra dentro do próprio lado imortalista: por que Jesus teria pregado o evangelho a mortos para que pudessem ser salvos, e o rico e o Lázaro tiveram selados seus destinos, não havendo mais volta?
O que ocorreu, que cristão nenhum admite, é que uns dos autores bíblicos criam que o homem morre, dorme e acorda no dia quem o filho de deus retornar; outros autores já criam que, após a morte, o homem tem um espírito que se desprende do corpo e continuam vendo, ouvindo e sentindo tudo como os vivos, além do que, entre estes últimos há uma subdivisão: uns acreditavam que ainda há esperança para os mortos, e outros criam que, após a morte nada pode ser mudado no destino do homem.

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