. |
Gravura extraída do site da IGREJA DE DEUS (7º DIA) NO BRASIL
http://www.igrejadedeus.com.br/especial_mensageiro/profecias.asp
“Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.
“Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.
Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão" (Daniel, 7: 21-27).
O livro de Daniel gira quase que exclusivamente em torno desses quatro reinos.
No capítulo 9 fala-se o seguinte:
“Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador” (versículos 24-27).
No capítulo 12, diz também:
“Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo" (Versículo 1).
E ouvi o homem vestido de linho, que estava por cima das águas do rio, quando levantou ao céu a mão direita e a mão esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um tempo, dois tempos, e metade de um tempo. E quando tiverem acabado de despedaçar o poder do povo santo, cumprir-se-ão todas estas coisas” (versículos 6 e 7).
Mais adiante esclarece mais:
“E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias". (Versículo 11).
Partindo da ordem para restaurar Jerusalém, que dizem ter ocorrido em 463 ou 464 A.C., contando um ano para cada dia, essas setenta semanas chegam até aproximadamente o ano em que Jesus de Nazaré foi crucificado.
Como está escrito que “desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”, temos que contar esses mil duzentos e noventa dias (profeticamente anos, como afirmam os intérpretes) a partir da morte do Jesus, que seria a tirada do sacrifício contínuo. Muitos dos detalhes se encontram no livro “
Se o assolador deveria atuar por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, 1260 dias, e da tirada do sacrifício contínuo para frente se contam 1290, teríamos o início do “tempo de tribulação” cerca de 30 dias (anos) após a morte do Jesus de Nazaré. Isso é o tempo aproximado da crucifixão dele até o início do cerco de Jerusalém. Parece até real!
O livro de Mateus completa, espancando qualquer dúvida de que os cristãos primitivos interpretavam o tempo de tribulação como sendo o cerco (ano 64) e destruição de Jerusalém (ano 70) ocorrendo a “Diáspora” (dispersão dos judeus pelos romanos). Vejam o que está escrito:
“Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. ... porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá (Mateus, 24: 15-21).
E, no mesmo sentido, Lucas:
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.” (Lucas, 21: 20-22).
Conjugando os textos de Mateus e Lucas com Daniel, não há como negar que, para os cristãos primitivos, a grande tribulação tenha sido a destruição de Jerusalém e a diáspora. Em Mateus está escrito que é uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Assim, não poderia ocorrer novo tempo de tribulação como muitas igrejas pregam atualmente.
O RESTANTE DA HISTÓRIA
Contando os mil duzentos e sessenta anos a partir do início do cerco (ano 64), chegaríamos ao ano 1324.
Em Mateus está escrito:
“Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus, 24: 29-31).
Assim sendo, no século XIV (“logo após a tribulação” (que deveria durar 1260 anos – Dan. 12: 7), deveriam começar os incríveis fenômenos cósmicos: escurecimento do Sol e da Lua, a queda da Estrelas, e chegaria o “filho do homem”, ele, Jesus”, com poder e muita glória, para ajuntar os “escolhidos”, “de uma à outra extremidade dos céus” (se é que os céus têm extremidades) e começar seu reino eterno.
Os fatos: Os judeus ficaram espalhados pelo mundo sem pátria até o século XX, muito além do tempo determinado. O Sol não se escureceu, e hoje todos sabemos ser impossível as estrelas caírem sobre a Terra. Mas, não obstante essas incongruências proféticas, há bilhões de pessoas acreditando que esse Jesus chegará por esses dias por aqui para arrebatar os crentes e levar para o céu. Isso é que é hilariante!
Mas algumas pessoas podem ficar perguntando: Por que até o primeiro século da era cristã tudo se cumpriu exatamente como Daniel havia predito, e daí para frente os rumos da história divergiram da predição?
Aí eu faço outra pergunta: Quem garante que Esse livro de Daniel foi mesmo escrito nos dias de Babilônia, seiscentos anos antes do início da Era Cristã?
O livro de Daniel é um livro diferente de todos os outros do velho testamento. Na lei mosaica e em todos os outros profetas, não há qualquer promessa de recompensa após a morte; nunca se prometeu ressurreição ao povo de Israel. Mas o livro de Daniel trás essa doutrina, que o cristianismo espalhou pelo mundo.
Totalmente fora da ideologia do Velho Testamento, em Daniel está escrito: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel, 12: 2). “Tu, porém, vai-te, até que chegue o fim; pois descansarás, e estarás no teu quinhão ao fim dos dias” (Daniel, 12: 13).
Essa promessa de ressurreição não existe entre as promessas de Yavé na lei mosaica, nem na previsão da Nova Jerusalém de Isaías. Portanto, nada tão misterioso essas predições terem-se cumprido fielmente até o primeiro século da nossa era. O livro de Daniel pode até ter alguma coisa escrita nos dias de Babilônia. Mas, o que se observa é que o capítulo 8 deve ter sido escrito nos dias da vitória dos macabeus, e o capítulo 7 já pode ter sido escrito dentro do período do império romano, ou mesmo pode referir-se ao próprio tempo de tribulação perpetrado por Antíoco IV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário