Newhouse, E. L., ed., The
Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.
Maravilhas do mundo
antigo, as grandes pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfrem e Miquerinos; sobreviveram até
os dias de hoje estruturalmente intactas, tendo perdido apenas parte de seu revestimento
nesses 4.500 anos.
A Pirâmide de Quéops,
também conhecida como a Grande Pirâmide, é o monumento mais pesado que
já foi
construído pelo homem. Possui aproximadamente 2,3 milhões de blocos de
rocha, cada um
pesando em média 2,5 toneladas. A grandeza desses blocos pode ser
observada figura abaixo, que mostra pessoas escalando a pirâmide. Com
mais de 146 metros de altura, só foi ultrapassada em
altura no século XVI pela torre da Catedral de Beauvais que
foi terminada em 1569, tendo ruído 4 anos depois em 1573.
A altura da pirâmide de
Quéops só veio a ser novamente ultrapassada no século XIX, quando foram terminadas as
torres das catedrais de Rouen - com 148 m -, de Colônia - com 157 m - e de Ulm - com 161
m. E principalmente com a inauguração da Torre Eiffel em 1889,
com 300 m de altura.
Durante séculos a
humanidade vem se perguntando como essas enormes construções foram erguidas, como blocos
de granito de 50 toneladas foram trazidos de Assuã, como foram erguidos a essa altura.
Uma coisa é certa, dois recursos eram abundantes, mão de obra e tempo. De acordo com o
historiador grego Heródoto, apenas a preparação do platô de Gizé levou uma década e
a construção da pirâmide mais duas, tendo por volta de 100.000 homens trabalhado na
construção da Grande Pirâmide. Como Heródoto esteve no Egito dois mil anos depois da
construção das pirâmides seus dados não eram totalmente aceitos. Recentemente, os
estudos do piramidologista alemão Kurt Mendelssohn levaram a conclusão de que por volta
de 80.000 homens trabalharam na construção da Grande Pirâmide, sendo que 10.000
empregados permanentemente e 70.000 homens sem qualificação empregados durante as cheias
do Nilo. O próprio Mendelssohn mostrou que diversas pirâmides eram construídas
simultaneamente, dessa forma, o número de pessoas utilizadas pode ter chegado a 150.000,
valores próximos aos descritos por Heródoto. Sem dúvida uma enorme quantidade de
trabalhadores, sobretudo em relação à população egípicia de 5.000 anos atrás.
Outra característica
impressionante é a precisão "topográfica" dessas construções. Na Pirâmide
de Quéops, a base não apresenta variação de nível superior a 2,5 cm e os lados da
base variação de comprimento superior a 20 cm. Igualmente precisa é a orientação das
faces da pirâmide aos quatro pontos cardeais e a inclinação das faces a 51° 52’
com a horizontal.
Externamente a Grande
Pirâmide é muito semelhante a estruturas anteriores, mas internamente seu arranjo de
passagens e câmaras é único; um esquema desse arranjo é apresentado na figura abaixo,
à direita.
Newhouse, E. L., ed., The
Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.
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Newhouse, E. L., ed., The
Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.
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Um
matemático com o nome de Edme-François Jomard estudou minuciosamente a
pirâmide e chegou a conclusão que era antigo registo de um sistema de
medição.
• Em 1859,
um inglês com o nome de John Taylor concluíu que o arquitecto de Quéops
usara como unidade de medida o mesmo cúbito bíblico que na arca de Noé.
O Cúbito sagrado equivalia a 63 cm de comprimento, ou seja, se
dividirmos o eixo da Terra em 400 000 , o resultado poderá ser um cúbito
sagrado.
• Uma
outra teoria menos ilógica era a de que a pirâmide seria um observatório
celeste. As provas para dar razão a esta teoria consistem no facto de
que as suas passagens descendentes formarem ângulos precisos para as
constelações chave. O facto de as passagens estarem abertas para
os céus apenas no decorrer de um breve período durante a construção do
monumento nunca foi 100 % explicado.
A teoria contemporânea mais popular é sobre os
supostos poderes inerentes á forma da pirâmide. Um dos defensores desta
ideia é o engenheiro checo com o nome de Karel Drbal. Na década de 40,
Drbal teve conhecimento de um francês de nome Antoine Bovis, que
construíu um modelo da pirâmide de Quéops e usava para auxiliar a
mumificação de animais mortos.
Ele acreditava que o poder da pirâmide, a energia acumulada cinseguia
transformar uma lâmina de barbear usada numa identidade viva e assim
recuperar o seu gume como novo.
Em 1954, descobriram um barco de cedro que
serviria para levar o faraó para o além. O Barco tinha o nome de ” Barco
do Sol”. Tinha 43 cm de comprimento , onde todos os apetrechos foram
concebidos para serem dourados. Até aos dias de hoje a embarcação
continua a ser o único artefacto pertencente ao tesouro de Quéops.
Contudo , ainda existem perguntas sem resposta,
nomeadamente, onde jaz o faraó Quéops? Porque razão não foi sepultado no
seu magnífico monumento?
Talvez um dia possamos ter uma resposta para estas perguntas.
Ficha Técnica
|
Nome |
Pirâmide
de Quéops |
Sistema
Estrutural |
|
Função |
Túmulo
do faraó |
Localização |
Gizé,
Egito |
Época da
construção |
2551 a.C. |
Projeto |
Autor desconhecido |
Execução |
Autor desconhecido |
Dimensões |
Altura:
146,6 m (atualmente 137,16 m) |
Material |
Calcáreo
- utilizado no núcleo e no revestimentoGranito - os
blocos da câmara do faraó e da entrada da pirâmide (trazidos de Assuã)
|
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