A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia, uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis.

— Albert Einstein

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pirâmide de Quéops


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Newhouse, E. L., ed., The Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.

    Maravilhas do mundo antigo, as grandes pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfrem e Miquerinos; sobreviveram até os dias de hoje estruturalmente intactas, tendo perdido apenas parte de seu revestimento nesses 4.500 anos.
    A Pirâmide de Quéops, também conhecida como a Grande Pirâmide, é o monumento mais pesado que já foi construído pelo homem. Possui aproximadamente 2,3 milhões de blocos de rocha, cada um pesando em média 2,5 toneladas. A grandeza desses blocos pode ser observada figura abaixo, que mostra pessoas escalando a pirâmide. Com mais de 146 metros de altura, só foi ultrapassada em altura no século XVI pela torre da Catedral de Beauvais que foi terminada em 1569, tendo ruído 4 anos depois em 1573.
    A altura da pirâmide de Quéops só veio a ser novamente ultrapassada no século XIX, quando foram terminadas as torres das catedrais de Rouen - com 148 m -, de Colônia - com 157 m - e de Ulm - com 161 m. E principalmente com a inauguração da Torre Eiffel em 1889, com 300 m de altura.
    Durante séculos a humanidade vem se perguntando como essas enormes construções foram erguidas, como blocos de granito de 50 toneladas foram trazidos de Assuã, como foram erguidos a essa altura. Uma coisa é certa, dois recursos eram abundantes, mão de obra e tempo. De acordo com o historiador grego Heródoto, apenas a preparação do platô de Gizé levou uma década e a construção da pirâmide mais duas, tendo por volta de 100.000 homens trabalhado na construção da Grande Pirâmide. Como Heródoto esteve no Egito dois mil anos depois da construção das pirâmides seus dados não eram totalmente aceitos. Recentemente, os estudos do piramidologista alemão Kurt Mendelssohn levaram a conclusão de que por volta de 80.000 homens trabalharam na construção da Grande Pirâmide, sendo que 10.000 empregados permanentemente e 70.000 homens sem qualificação empregados durante as cheias do Nilo. O próprio Mendelssohn mostrou que diversas pirâmides eram construídas simultaneamente, dessa forma, o número de pessoas utilizadas pode ter chegado a 150.000, valores próximos aos descritos por Heródoto. Sem dúvida uma enorme quantidade de trabalhadores, sobretudo em relação à população egípicia de 5.000 anos atrás.
    Outra característica impressionante é a precisão "topográfica" dessas construções. Na Pirâmide de Quéops, a base não apresenta variação de nível superior a 2,5 cm e os lados da base variação de comprimento superior a 20 cm. Igualmente precisa é a orientação das faces da pirâmide aos quatro pontos cardeais e a inclinação das faces a 51° 52’ com a horizontal.
    Externamente a Grande Pirâmide é muito semelhante a estruturas anteriores, mas internamente seu arranjo de passagens e câmaras é único; um esquema desse arranjo é apresentado na figura abaixo, à direita.

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Newhouse, E. L., ed., The Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.
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Newhouse, E. L., ed., The Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992.

  
Um matemático com o nome de Edme-François Jomard estudou minuciosamente a pirâmide e chegou a conclusão que era antigo registo de um sistema de medição.
 
• Em 1859, um inglês com o nome de John Taylor concluíu que o arquitecto de Quéops usara como unidade de medida o mesmo cúbito bíblico que na arca de Noé. O Cúbito sagrado equivalia a 63 cm de comprimento, ou seja, se dividirmos o eixo da Terra em 400 000 , o resultado poderá ser um cúbito sagrado.

• Uma outra teoria menos ilógica era a de que a pirâmide seria um observatório celeste. As provas para dar razão a esta teoria consistem no facto de que as suas passagens descendentes formarem ângulos precisos para as constelações chave. O facto de as passagens estarem abertas para os céus apenas no decorrer de um breve período durante a  construção do monumento  nunca foi 100 % explicado.

A teoria contemporânea mais popular é  sobre os supostos poderes inerentes á forma da pirâmide. Um dos defensores desta ideia é o engenheiro checo com o nome de Karel Drbal. Na década de 40, Drbal teve conhecimento de um francês de nome Antoine Bovis, que construíu um modelo da pirâmide de Quéops e usava para auxiliar a mumificação de animais mortos.
Ele acreditava que o poder da pirâmide, a energia acumulada cinseguia transformar uma lâmina de barbear usada numa identidade viva e assim recuperar o seu gume como novo.
Em 1954,  descobriram um barco de cedro que serviria para levar o faraó para o além. O Barco tinha o nome de ” Barco do Sol”. Tinha  43 cm de comprimento , onde todos os apetrechos foram concebidos para serem dourados. Até aos dias de hoje a embarcação continua a ser o único artefacto pertencente ao tesouro de Quéops.
Contudo , ainda existem perguntas  sem resposta, nomeadamente, onde jaz o faraó Quéops? Porque razão não foi sepultado no seu magnífico monumento?
Talvez um dia possamos ter uma resposta para estas perguntas.


Ficha Técnica
Nome Pirâmide de Quéops
Sistema Estrutural
Função Túmulo do faraó
Localização Gizé, Egito
Época da construção 2551 a.C.
Projeto Autor desconhecido
Execução Autor desconhecido
Dimensões Altura:   146,6 m (atualmente 137,16 m)
Material Calcáreo - utilizado no núcleo e no revestimentoGranito - os blocos da câmara do faraó e da entrada da pirâmide (trazidos de Assuã)

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